Cidades sempre foram inteligentes. Desde suas primeiras encarnações, as cidades vêm sendo habitadas por pessoas inteligentes que colaboram de maneiras sofisticadas – por meio de mercados, moedas, normas sociais, costumes regionais, sistemas legais impulsionados pelo governo e outros mecanismos sociotécnicos. As tecnologias que sustentam as cidades estão, entretanto, apenas começando a ser inteligentes. De que maneiras os sistemas digitais que nós imaginamos para as cidades inteligentes melhoram – ou superam – os sistemas tradicionais? Nessa palestra eu discutirei exemplos de sistemas digitais para cidades inteligentes, e também as escolhas que enfrentamos quando pensamos no desenvolvimento desses sistemas.
Thomas Erickson é um cientista social e designer de interação no laboratório Symbiotic Cognitive Systems da IBM Research. Ele estuda como as pessoas colaboram, tanto frente a frente como à distância, e usa o que ele aprende para desenhar novos sistemas. Originalmente treinado como um psicólogo cognitivo, Erickson entrou para uma startup que desenvolveu software para o primeiro IBM PC. Depois de 5 anos, foi para a Apple Computer, onde contribuiu com o desenho da interface de usuário do Macintosh e trabalhou no desenvolvimento de diversos protótipos de pesquisa, incluindo o Scribe, um antecessor do iPad. Hoje em seu vigésimo ano na IBM, seu trabalho variou de visualização social para comunidades online até crowd-sensing e crowd-steering, e de cômodos inteligentes até cidades inteligentes. Erickson escreveu mais de 25 patentes, publicou cerca de 90 artigos, editou 2 livros e é um ACM Fellow.
Elisa Giaccardi é professora em tempo integral na Delft University of Technology, onde lidera o laboratório Connected Everyday (http://www.connectedeverydaylab.org/).De pioneirismo em metadesign e mídias sociais ao papel do não humano na Internet das Coisas, meu trabalho de pesquisa reflete uma preocupação contínua sobre design como um processo compartilhado de invenção
Em adição à pesquisa acadêmica, ela trabalha com companhias (como Philips, Deloitte e Volkswagen) e empresas de consultoria (como Superflux, Frog Design e The Incredible Machine) para explorar o papel que o design pode ter no cenário sociotécnico emergente e para promover modelos disruptivos de design que podem oferecer recursos adicionais para a imaginação e capacidades humanas.
Principais domínios incluem saúde e qualidade de vida, ética e sustentabilidade, herança cultural e o desenvolvimento de sociedades inclusivas e reflexivas.
Esperteza não é sobre eficiência, mas sim adequação. E o que é apropriado não pode ser totalmente modificado: ele varia por situações e mudanças ao longo do tempo. Qual é o papel das tecnologias ‘inteligentes' nas cidades e casas do futuro?
O conceito de uma 'cidade inteligente’ envolve a ideia de habilitar tecnologicamente a eficiência nas cidades, delegando tarefas e decisões de humanos à tecnologia e promovendo interações mais suaves, principalmente por meio de monitoramento contínuo, comunicação e materialização. Mas a expectativa maior está em promover e defender dinâmicas mais fluidas de reciprocidade entre humanos, tecnologia e seu ambiente urbano ou doméstico, o que pode ajudar a orientar o desenvolvimento de tecnologias para práticas de design mais inclusivas e situadas.
Nesta conversa, eu vou discutir abordagens disruptivas de design que mostram como tecnologias podem ser entendidas e/ou desenvolvidas como co-executoras de prática junto às pessoas, complementando suas capacidades de práticas cotidianas de formas novas e ricas (como scootering engenhoso, aquecimento responsável, e envelhecimento ativo), e como essa recursividade entre a prática de design (conforme inscrito no desenvolvimento de tecnologia) e práticas de “uso” e entre o tempo de design e tempo de uso, é essencial para a reciprocidade e adequação.
Duração: 3 horas
Idioma: Português
Sala: TU02-222
Um ecossistema de software (ECOS) é um conjunto de atores e artefatos, internos e externos a uma organização ou comunidade, que trocam recursos e informações centrados em uma plataforma tecnológica comum e que vêm afetando os processos de tomada de decisão. Nesse contexto, tem-se percebido que o projeto de interfaces e desenvolvimento de sistemas computacionais avança cada vez mais em pesquisa teórica e aplicada, apresentando desafios sociotécnicos. Na troca de recursos e informações, é necessário considerar os diversos fatores que influenciam e mantem os ecossistemas formados. Nesse sentido, o objetivo deste minicurso é apresentar conceitos de ECOS e suas principais aplicações, a fim de analisar e discutir os fatores técnicos, humanos e organizacionais intrínsecos ao desenvolvimento de software nesse contexto. A discussão a ser realizada se dará no âmbito de conceitos e casos reais dos ECOS Apple, SAP, Eclipse e Portal do Software Público Brasileiro (SPB).
Duração: 6 horas
Idioma: Português
Sala: TU02-224
Em um mundo com cada vez maior quantidade de dados vindo de sensores, redes sociais ou organizações buscando transparência, ficamos expostos ao fenômeno de sobrecarga de dados. Para lidar com isso, esse minicurso propõe a apresentação de técnicas, métodos e tecnologias de visualização da informação. O objetivo é capacitar o aluno para criar diferentes visualizações sobre seus dados, possibilitando descobrir informações e tomar decisões sobre eles mais facilmente.
Duração: 3 horas
Idioma: Português
Sala: TU02-222
Os recentes avanços nas áreas de Inteligência Artificial, processamento de linguagem natural, e computação móvel, juntamente com a crescente popularidade dos ambientes de chat e mensagens, permitiram um crescimento na implantação de sistemas interativos baseados na conversa e diálogo. Este curso explora a criação e avaliação de interfaces de conversação, aqui definidos como interfaces que dependem principalmente do diálogo entre agentes humanos e computacionais, tanto no uso da fala quanto do texto. O curso apresenta o estado atual das interfaces de conversação e os conceitos básicos de tecnologia que permitem a criação de interfaces conversacionais, porém o foco maior é em métodos de criação e avaliação de interfaces baseadas no diálogo, explorados com mais profundidade exercícios práticos.
Sala: TUTE - Auditório
Website: http://latin.ime.usp.br/wega
Sala: TU02-203
Website: http://www.ufmt.br/waihcws16/